Ata da reunião da autoridade monetária ocorrida em setembro mostra ainda que decisão de não pôr fim aos estímulos foi 'apertada'
A surpreendente decisão do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) de não reduzir o estímulo à economia norte-americana em setembro foi "relativamente apertada" entre os integrantes do banco central norte-americano. É o que indica a ata da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), divulgada nesta quarta-feira. O documento aponta ainda que existe amplo apoio dos membros do Comitê para que a redução dos estímulos aconteça ainda este ano.
"Para vários integrantes, as inúmeras considerações tornaram a decisão de manter o ritmo de compras de ativos nessa reunião relativamente apertada", mostra o documento. Em referência aos dezessete integrantes do Fed (sendo dez deles membros votantes do Fomc), a ata informou: "a maioria dos integrantes julgou que seria apropriado começar a reduzir o ritmo das compras de títulos de prazo mais longo do Comitê neste ano e concluí-las em meados de 2014".
A ata, referente à reunião entre 17 e 18 de setembro, mostra que os integrantes se preocuparam com a possibilidade de a manutenção dos estímulos atrapalhar a comunicação do BC norte-americano com o mercado, que aguardava ansiosamente o fim do programa. A decisão de não reduzir o programa mensal de compras de ativos no valor de 85 bilhões de dólares causou surpresa e fez com que o Fed fosse criticado por alguns setores. As críticas se referem ao fato de a autoridade monetária ter sinalizado um movimento que não se concretizou, o que criou um ruído de comunicação com o mercado.
O programa de estímulos foi adotado pelo Fed numa tentativa de impulsionar a economia norte-americana, que ainda patina com o rescaldo da crise financeira de 2008. O BC norte-americano aguarda sinais contundentes de melhora do mercado de trabalho e do patamar inflacionário para decidir sobre o fim do programa.
Nesta quarta, após a divulgação da ata, o presidente Obama anunciará a economista Janet Yellen como nova presidente da autoridade monetária dos Estados Unidos. Yellen ocupará o cargo de Ben Bernanke, que deixa o Fed em janeiro de 2014.
(com agência Reuters)
Fonte Veja
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