quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Luxo não é produto, é experiência, diz consultor

Luxury coach Bruno Pamplona afirma que o que os mais ricos desejam não é exatamente um produto caro, mas uma maneira inesquecível de desfrutá-lo



São Paulo – Só porque um produto é caro, ele não necessariamente será considerado “deluxo”. De acordo com Bruno Pamplona, luxury coach e fundador do Royal Group, empresa que presta serviços de consultoria de luxo e entretenimento, o que o público AAA mais tem desejado é ter uma experiência inesquecível, algo que vai além do mero objeto de marca.

Recebendo clientes cuja renda média mensal varia de 100 mil a 200 mil reais, Pamplona garante: “O produto não importa tanto. Hoje, nossos clientes estão nos procurando muito para viver uma experiência inusitada”.
Entre os diferentes serviços que oferece, ele ajuda na escolha e a compra de aviões executivos, carros importados, imóveis (inclusive fora do país, em Miami) e iates (apenas que têm mais de 60 pés). Mas é no momento da entrega que ele torna o que seria apenas “um objeto caro” em algo luxuoso.
Um dos exemplos mencionados por Pamplon
a foi o de um cliente que queria comprar um carro muito potente e a entrega foi realizada em um autódromo, onde ele pôde explorar sem medo a velocidade do possante. Muitas vezes, o consultor também convida alguma pessoa famosa para fazer parte do ritual, principalmente se é alguém admirado pelo cliente.
Geralmente, quem chega até ele vai por meio de indicação de algum amigo que já viveu uma experiência diferenciada preparada pelo coach. Políticos, empresários e celebridades estão entre os que contratam os serviços da empresa, que neste mês abre uma nova unidade em Balneário Camboriú, Santa Catarina, mas Pamplona prefere manter os nomes em sigilo.

Depois de apresentados, eles fazem um pré-contrato, que firma o compromisso de buscar o que há de melhor. “Por seis meses, eu convivo com a pessoa e vou conhecendo melhor seu jeito, orientando na escolha do produto. Quando ela decide o que quer, eu aciono o nosso ‘Departamento de Encantamento’, que entra em contato com as pessoas mais próximas ao cliente para ajudarem a proporcionar o momento especial. No final, são duas experiências: o recebimento do produto e a experiência da entrega”, afirma.
O valor de tantas emoções varia de ac
ordo com o que cada pessoa deseja (ou pode) gastar. “Tenho pessoas na minha cartela que são bilionárias e que podem pagar dois ou três milhões de reais por uma experiência. Até porque, se um sujeito é bilionário, ele já viveu muita coisa, é mais difícil inovar”, afirma. Para os que ganham em torno de 100 mil por mês, um serviço dele pode custar entre 20 mil e 30 mil reais. E para você, quanto vale uma boa lembrança?

fonte Exame

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