Inaugurado este ano, o navio MSC Preziosa transporta 4,3 mil passageiros e fará sua primeira temporada no litoral brasileiro a partir do dia 26 de novembro
SÃO PAULO - Líder do mercado de cruzeiros no Brasil, a armadora MSC vai trazer para as praias brasileiras o seu mais novo navio, o MSC Preziosa - o nono maior do mundo e o maior por aqui na temporada 2013/2014, que começa este mês. Lançado em abril, a embarcação tem capacidade para 4,3 mil hóspedes.
O entusiasmo da empresa italiana, entretanto, destoa dos números do setor. Com onze embarcações, quatro a menos do que na última temporada, a oferta total de leitos caiu de 762 mil para 648,6 mil, ou 15% menos.
O volume de passageiros decresce desde 2010, ano em que o Brasil recebeu o maior número de navios, 22. Segundo a Clia Abremar, entidade que representa as operadoras de cruzeiros no País, os motivos para essa diminuição da oferta são os mesmos de sempre: além dos altos impostos, as taxas cobradas pelos portos para a operação dos navios.
O porto de Recife, até dois anos atrás, cobrava uma tarifa de R$ 12,53 por passageiro em trânsito. Este ano, mesmo ainda sem ter passado para a iniciativa privada, o valor cobrado será de R$ 68 por passageiro. Em Salvador, essa mesma tarifa saltou de R$ 8 para R$ 54.
"O que está acontecendo com os cruzeiros não é nada diferente do que acontece em outros setores da economia. A diferença é que os navios podem optar por partir de outros lugares que cobram mais barato para operar", afirma o presidente da Clia Abremar, Ricardo Amaral.
A infraestrutura nos portos, que segue focada no setor de cargas, continua sendo fonte de queixas. Mesmo com os investimentos do PAC para a construção de novos terminais de passageiros em portos como Salvador, Fortaleza e Recife, nenhum dos novos terminais estará pronto para receber os navios que estão chegando.
Comodidade. Com pacotes que já incluem refeições, shows, boates e paradas em diversos pontos turísticos, as viagens de cruzeiro podem significar um bom custo-benefício. Segundo Adrian Ursilli, diretor-comercial e de marketing da MSC Cruzeiros no Brasil, a experiência faz com que cerca de 80% dos novos passageiros voltem para uma nova viagem.
"Não necessariamente no ano seguinte, mas voltam. Se compararmos com as viagens tradicionais, em que é preciso se preocupar com acomodação, onde fazer as refeições, o entretenimento para os adultos e as crianças, além de outras atrações, o cruzeiro oferece tudo isso dentro de uma cidade flutuante".
A viagem também permite conhecer lugares diferentes todos os dias sem que seja necessário sair do lugar, afirma Ursilli. "É uma grande comodidade conhecer novos locais e poder voltar para 'casa' no mesmo dia".
O poder de fidelização é tamanho que, nos últimos anos, o setor também começou a oferecer cruzeiros partindo de portos no exterior. Para Ursilli, esse é um desdobramento natural de roteiros turísticos. "É como comprar um carro. Você sempre quer que o novo seja melhor que o anterior. Depois de duas, três viagens no Brasil, os clientes começam a pensar em viagens no exterior".
A Abremar afirma que o aumento desse tipo de viagem não é significativo, até porque incorre em outros gastos, como passagens aéreas. O Norwegian Getaway, novo navio da americana Norwegian Cruise Lines (NCL) que deve ser inaugurado em fevereiro do ano que vem, já conta com cerca de 150 reservas de brasileiros. Quando lançado, o Getaway será o oitavo maior navio de cruzeiro do mundo.
Fonte Estadão
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