quinta-feira, 16 de julho de 2015

Guerra a frente....

Considerações do pessoal da Empiricus.


O Acerto de Contas



A Crise internacional de agora tem um único precedente na História: a Grande Depressão de 1929.

Naquela ocasião, foi preciso uma Guerra Mundial para retomar a dinâmica de crescimento.


Desde 2008, os Bancos Centrais já gastaram mais de US$ 12 trilhões para evitar a recessão, quantia superior ao que foi empregado durante toda a Segunda Guerra...




Veja a seguir por que 6 das principais agências do mundo divulgaram alerta sobre o risco de conflito bélico iminente



Você se vê diante do caixa eletrônico, mas não tem certeza se os saques serão permitidos.

Ainda que pegue o dinheiro, há grande chance de não conseguir no mercado os mantimentos básicos.

Sua família aguarda em casa, aflita...



Caro leitor,


O cenário abaixo lhe parece distante da realidade atual?

- Falta de alimentos; 
- Conta corrente bloqueada e limite de saques;
- Racionamento de energia, combustível e água;
- Hiperinflação e desemprego crescente...


Infelizmente, estamos trilhando o caminho de uma crise global de proporções bélicas.

Nas próximas linhas, vou lhe demonstrar, apenas com fatos e dados concretos, por que a reunião de cada um desses elementos está muito mais próxima do que você imagina.

A argumentação deixará claro como o mundo se tornou uma grande bomba-relógio, prestes a explodir.

Deixe-me começar por referências contundentes...

A China vive atualmente um período de grande instabilidade política e econômica. Em 2014, seus gastos militares atingiram US$ 130 bilhões. Para este ano, está previsto aumento de dois dígitos nesse valor, enquanto a sua economia desacelera, e avança em seu menor ritmo em 20 anos.

Enquanto isso, a Rússia, que tem investido 10% de seu PIB em armamentos, sofre sanções comerciais de EUA e Europa e enfrentará este ano uma recessão da ordem de -3,4%.

A economia russa também é forte dependente do petróleo, cujos preços vêm sendo sustentados em níveis historicamente baixos, alimentando instabilidade geopolítica entre Rússia e Ucrânia, no Oriente Médio e no Golfo do México (EUA).

Imagine se, por exemplo, a China cumprir a ameaça de invadir as ilhas do Japão, atual aliado dos norte-americanos...

Basta apenas uma faísca...

Hoje, EUA, Japão e Europa são aliados.

Do outro lado, temos China, Rússia, Coréia do Norte...

E o Brasil, de que lado ficaria?



Você já imaginou os impactos de uma sanção comercial de EUA e Europa à fragilizada economia brasileira?

Ou, no outro caso, de retaliações diretas impostas pela China, nosso maior parceiro comercial?

Talvez, ainda pior: pensou na possibilidade de ver alguns de seus familiares se alistando?

Pois deveria.

É possível que você tenha achado este alerta absurdo em primeiro momento.

Não o culpo por isso...

Passei por algo semelhante em julho de 2014, quando formulei o vídeo de O Fim do Brasil alertando para a disparada do dólar, a falência da indústria, a recessão econômica, a destruição da Petrobras, o aumento do desemprego e vários outros pontos chamados de “terroristas” à época, mas que hoje parecem óbvios aos profetas a posteriori.

Também foi assim quando meses atrás lancei uma nova tese: 10 Anos de Recessão, chamando atenção para os desequilíbrios globais e, dentre outros fatores, a bolha chinesa.

Hoje há um consenso de que chegaremos a 2018 com um PIB equivalente ao de 2013 – e com uma renda per capta cerca de 5% inferior à observada cinco anos antes.

Considerando o crescimento da população da ordem de 1% ao ano, havemos de crescer 2% anualmente para chegar a 2023 com rigorosamente a mesma renda per capita daquela observada 10 anos antes.

Ou seja, sem reformas, já temos uma década perdida.

Um mês atrás, escrevi sobre os mercados sobrevalorizados e as bolhas em formação nos EUA, na China e por toda a Europa.

Pois veja o que aconteceu com a Bolsa chinesa nas últimas três semanas:





Isso mesmo, ela caiu mais de 30% de forma abrupta.


Estava bem no topo da montanha e simplesmente despencou.


Só não caiu mais porque o autoritário governo chinês interveio, proibindo os grandes investidores de venderem suas ações.


Convenhamos, uma forma nada convencional de sustentar um mercado em alta.


Já os EUA estão apenas aguardando seu Banco Central subir a taxa de juros, o que fatalmente afetará o fluxo de dólares por todo o Planeta.


Sei que as consequências dessa crise iminente serão bastante dolorosas – particularmente para a economia brasileira, que está fragilizada –, mas nada disso se compara ao cenário que vou descrever agora.


Apenas peço que você esteja ciente dos riscos a que está exposto.


Não estou dizendo que, necessariamente, a reconciliação de 2015 com 2008 ensejará uma Terceira Guerra Mundial. Chamo a atenção, porém, para a gravidade e a complexidade do contexto político e econômico atual.


Quando acontecer, se acontecer, não será pego de calças curtas.


O tempo está fechando, bem à sua frente...


Na dúvida se vai chover ou não, você sairia de casa sem guarda-chuva?


Dependendo da nebulosidade, sairia de casa?


Portanto, peço apenas que leia esta mensagem até o final para ficar ciente dos riscos a que está exposto.


Trata-se da possibilidade de um futuro preocupante, que infelizmente já começa a se delinear.


E não sou apenas eu que estou dizendo.




Bombardeiros russos sobrevoam próximo aos EUA no 4 de Julho



Foram dois incidentes: o primeiro, no Alasca e, o segundo, na costa da Califórnia. Em ambos, a passagem dos bombardeiros foi interpretada como ato de guerra e interceptada por caças americanos.

Agora, veja o que disse o megainvestidor George Soros, na conferência de Bretton Woods, realizada em maio no Banco Mundial:



“Há um perigo claro de que a China se alie política e militarmente à Rússia, fazendo com que a Terceira Guerra se torne uma ameaça real.”

George Soros



Segundo o megainvestidor, se os esforços da China em voltar sua economia para o mercado doméstico fracassarem, “há uma possibilidade grande de os governantes chineses estimularem uma guerra para manter o país unido e continuar no poder”.

Para referendar o argumento, Soros também mencionou o aumento dos gastos militares tanto na China quanto na Rússia.

Tal preocupação não é exclusiva do megainvestidor. No dia 15 de junho, a Bloomberg fez a seguinte reportagem:



 Cinco Milhões de Motivos que Justificam uma Guerra para a China



Nela, a agência de notícias de Michael Bloomberg, ex-prefeito de Nova York, enfatiza a maior atenção de bases militares no mar do Sul e as relações armamentistas crescentes com Sudão, Iemen e Paquistão.


O exército norte-americano está se posicionando estrategicamente como se o Planeta fosse um inocente tabuleiro de WAR.


O problema?


Os russos discordam desse movimento.


Confira a notícia da Reuters:


  


Rússia avisa que haverá retaliação se EUA colocarem armamentos em suas fronteiras.



“Se os EUA colocarem seu arsenal militar com tanques, artilharias e outros equipamentos pesados em países do leste europeu e no mar báltico, este será o ato de guerra mais agressivo que o Pentágono e a OTAN realizaram desde a Guerra Fria”

Yuri Yakubov, ministro de defesa da Rússia



“Não restará à Rússia qualquer opção a não ser deslocar exército e recursos para as fronteiras” , complementou o ministro.

Por sua vez, o colunista Paul B. Farrell, do MarketWatch, é ainda mais enfático.

Para ele, a Terceira Guerra está, sim, cada vez mais perto.



“Enquanto a população só quer saber qual é o próximo aparelho eletrônico que irá comprar, os generais do Pentágono já estão se preparando para a WWIII.”

MarketWatch

E o repórter do The Wall Street Journal, Dion Nissenbaum, garante:

“Hackers chineses já entraram nos computadores da Casa Branca, nos planos de defesa e em milhões de segredos nos arquivos norte-americanos.”

Wall Street Journal



Observe que não estamos falando de teorias da conspiração de grupos radicais, mas, sim, de algumas das principais mentes e agências de informação do mundo: Bloomberg, Reuteurs, MarketWatch, ABC News, The Wall Street Journal, George Soros, o próprio ministro de defesa da Rússia...

Tenho total liberdade para seguir a minha consciência, dizendo o que observo sem qualquer censura. E posso garantir:



Uma crise econômica mundial é iminente. Quanto mais ela tardar a chegar, piores serão as consequências para todo o Planeta, sob sério risco de as Grandes Guerras voltarem à pauta dos países.



É o que costuma acontecer quando a humanidade chega a impasses extremos. E, caso ainda não tenha percebido, nós já estamos em meio a um impasse.

A Origem do Impasse

Para enfrentar a Crise de 2008, o Fed reduziu as taxas de juros a praticamente zero e injetou dinheiro na economia.

Sob juros zerados, com muito dinheiro disponível e sem alternativas de investimentos na economia geral – que cresce pouco –, só resta aos investidores comprar coisas mais arriscadas como ações e outros papéis menos conservadores.

Aí o valor dos ativos de risco tende a subir nas alturas, como vem acontecendo com as bolsas americanas. Os investidores de lá já começaram a se dar conta disso.



“Mantendo as taxas de juros assim baixas, acabamos criando bolhas mesmo sem perceber.”



É o que alerta o bilionário Carl Icahn sobre a política monetária do Banco Central americano. Para ele, o estouro dessa bolha é inevitável.



“Não é uma questão de SE, mas sim de QUANDO vai acontecer.”



Veja o gráfico:
A linha laranja mostra o índice da Bolsa americana, de 1930 a 1937. A verde, o S&P de 2007 a 2015.

O mesmo filme dos anos 30 está se repetindo, desta vez com orçamento muito maior.


Em resposta à crise, o Banco Central dos Estados Unidos reduz a taxa de juros e expande a oferta de moeda. As Bolsas sobem fortemente.


Quando se aperta novamente a política monetária, há uma forte correção nas Bolsas.




Se em 1937 acertamos as contas com 1929, o ano de 2015 pode representar o acerto de contas com 2008.




Basta o Fed subir os juros, como já está planejando fazer.


Note que o problema desta vez é ainda mais complexo, já que o fenômeno não se restringe ao mercado norte-americano.


Os Bancos Centrais despejaram dinheiro na economia mundial numa quantidade sem precedentes.


Há mais de 100 trilhões de dólares de excesso de liquidez no mundo.


Justamente por isso, as bolhas começaram a se formar.


Veja este gráfico, da National Inflation Association (NIA) Ele compara o preço das ações ao PIB das 24 maiores economias do mundo, de 1991 a 2015.






Grosso modo, funciona assim: cada país é analisado individualmente. Seu momento de menor relação entre preço das ações e PIB é transformado em 0%. Já o momento de maior relação é convertido a 100%.

Os Estados Unidos, por exemplo, estão atualmente com essa relação convertida para 95,56% – 100% teria acontecido na Crise pontocom, em 2000.


Segundo a NIA, estar acima de 75% já é suficiente para caracterizar um mercado sobrevalorizado. É como um sinal amarelo.


Acima de 90% é sinal vermelho – mercado extremamente sobrevalorizado.




Dos 24 países, 14 – mais da metade – estão em sinal vermelho, acima dos 90%. Outros 5 já entraram no amarelo.




A média do grupo todo é 93,69%, como podemos ver no gráfico.


Sabe quais são os países com relação mais baixa? Rússia, Grécia, Brasil... países já em crise, que sofrerão ainda mais quando a bolha mundial estourar.


E falta pouco.


É como disse o megainvestidor Marc Faber no último dia 10 de junho, em evento organizado pela Empiricus no Hotel Unique, em São Paulo.




“Com o mercado de ações num nível tão alto, só há uma direção possível: PARA BAIXO.”




Foi assim na década de 1930. Está se repetindo agora.


A farra da liquidez – com Bancos Centrais jorrando dinheiro nas economias e taxas de juros baixíssimas –, em vez de promover o crescimento, só fez inflar os ativos de mais risco.


Durante a Grande Depressão, o estouro da bolha se deu em 1937, como vimos no gráfico.


Já a atual continua inflando, com as bolsas mundiais atingindo diariamente novas máximas, enquanto as economias mais desenvolvidas do Planeta crescem a taxas abaixo da média histórica.


Até quando?


Com relação ao crescimento, as notícias não são nada otimistas.





Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a previsão é de que a Zona do Euro cresça, em 2015, apenas 1,5%. Na Grã-Bretanha, essa previsão é de 2,4%. E, no Canadá, 1,5%.

Mesmo a China, que antigamente crescia a taxas de dois dígitos, agora terá, na melhor das hipóteses, um crescimento de 6,8%, o que já começa a gerar certa tensão por lá.


E na Rússia a situação é muito pior, com recessão de -3,4%.


O PIB americano até esboçou uma reação com os estímulos do Federal Reserve, mas o crescimento ficou muito aquém do esperado: 2,5% (2010), 1,6% (2011), 2,3% (2012), 2,2% (2013) e 2,4% (2014).


A angústia dos norte-americanos aumentou com os resultados do primeiro trimestre de 2015: crescimento de apenas 0,2%.




É como se o mundo estivesse chegando à sua fase adulta e simplesmente parasse de crescer.




Algo parecido com o que vive o Japão, cuja economia sofre de inanição há mais de 20 anos.


A dúvida então ganhou força:


E se, mesmo com todos os incentivos, os EUA e o mundo não se recuperarem?


Teremos outras ferramentas para escapar dessa armadilha do crescimento?


Caso não tenhamos...


É possível conviver com o incentivo dos juros zerados por muito tempo?


Sim, perfeitamente possível.


Só que aí entraríamos numa espiral deflacionária de baixo crescimento econômico – algo sem precedentes na história.


Trata-se de um antigo conceito...


A Estagnação Secular


O termo “secular stagnation” foi cunhado no auge da Grande Depressão, em 1938, por Alvin Hansen, então presidente da American Economic Association.


A interpretação de Hansen era de que a Grande Depressão iniciaria uma nova era, representada por desemprego alto e estagnação da economia.


Nem a baixa taxa de juros conseguia estimular o crescimento.


Isso porque o desemprego enfraquecia a já baixa demanda agregada que, por sua vez, desestimulava o investimento.


Sem investimentos, o desemprego aumentava e enfraquecia ainda mais a baixa demanda agregada.


Percebe o círculo vicioso?



 Na ideia de Hansen, cairíamos assim na estagnação secular da economia.

Não seria algo transitório ou de fácil solução. Tratava-se de um problema estrutural, com mudanças nas bases da economia dos países industrializados.


Fazia muito sentido nos anos 1930, já que vínhamos de quase uma década de desemprego dramático, forte queda da massa salarial e baixo crescimento econômico.


Tudo muito parecido com o que acontece atualmente. 

Para combater a Crise de 1929, sabe o que fez o Banco Central dos EUA?

Adotou uma política monetária expansionista, injetando dinheiro na economia e reduzindo a taxa de juros.


A Bolsa começou a se recuperar fortemente, mas a economia não – semelhante ao que ocorre nos EUA de hoje.


Só que aí o Banco Central apertou o torniquete monetário em 1937, causando uma queda de 49% das bolsas norte-americanas.


Só falta agora o Federal Reserve fazer o mesmo (o que está previsto para 16 de setembro de 2015).


O problema é que não funcionou na época, tanto que voltaram a afrouxar a política monetária entre 1938 e 1939, à espera de uma reação da economia.


Porém os resultados práticos não vieram, e a expansão do PIB continuou em ritmo muito baixo.




Nada recuperava a economia até que algo mudou os rumos da História.




Você já entendeu aonde eu quero chegar.


Sabe como as economias dos países industrializados e dos EUA em particular saíram da recessão na década de 1930?


Em outras palavras, você sabe como pudemos interromper a traumática estagnação secular?


Isso mesmo, com a SEGUNDA GUERRA MUNDIAL. Somente com ela.




Foi necessário um conflito bélico de proporções globais para quebrar essa dinâmica.




Com consequências brutais e altamente indesejáveis. Não precisamos relembrá-las.


Para preencher o buraco faltante de demanda agregada, precisamos na época do enorme expansionismo fiscal, a partir de gastos militares bastante pesados.


Somente assim a economia voltou a crescer.


Avançando 75 anos na história, o tema da estagnação secular volta ao centro das discussões.

O ex-secretário do Tesouro dos EUA, Larry Summers, tem sistematicamente abordado a questão e a sua gravidade.

Ele está muito bem acompanhado em sua teoria como, por exemplo, pelo economista e prêmio Nobel Paul Krugman e pelo ex-presidente do Fed, Alan Greenspan.

Quem participou do último evento organizado pela Empiricus, em São Paulo, pôde ouvir do próprio Greenspan:



“Estamos numa posição de estagnação secular.”



Fui responsável pela organização do evento, e as palavras do ex-presidente do Banco Central americano foram as que me deixaram mais preocupado.

A questão é grave, muito mais do que ajuste fiscal brasileiro, saída da Grécia da zona do Euro, redução da liquidez internacional ou qualquer outro problema econômico e financeiro que já enfrentamos.

Houve apenas dois momentos na história em que se debateu a estagnação secular: em 1938, quando Alvin Hansen introduziu a ideia, e AGORA.





“A verdade é que, como não sabemos como terminaria a Crise de 1929 sem a Segunda Guerra, continuamos a não saber como terminará a crise em que vivemos.”



É o que escreveu o economista Delfim Netto em artigo ao Valor Econômico.

Não se trata de coincidência.

A crise de sete anos atrás, cujo ápice é marcado pela quebra do banco Lehman Brothers em 15 de setembro de 2008, encontra um único precedente na história.

Trata-se justamente da crise iniciada em 1929.

Só que na época, para retirar a economia global da recessão, foi preciso uma Segunda Guerra Mundial .

Esse é o tamanho do problema, não podemos menosprezá-lo.

É claro que ninguém pode prever uma Guerra Mundial com absoluta certeza. Meu propósito é simplesmente chamar atenção para a gravidade e a complexidade do contexto político e econômico atual.




Não podemos cair de novo na ideia de que “desta vez é diferente”.


Na maior parte das vezes, não é.


Se a história serve de guia, momentos muito longos de baixo crescimento econômico mundial, agravados por tensões políticas, abrem espaços para movimentos extremados, cujas consequências escapam ao controle.


Estamos certamente em tempos muito difíceis, e os desdobramentos materiais podem ultrapassar nossa capacidade de previsão do futuro. 




Voltando a Alan Greenspan e sua precisão nas palavras:




“Nós não sabemos muito bem o que fazer, por uma razão muito simples: NUNCA estivemos nesta situação antes.”




Mas, e no Brasil, como seremos afetados?


O problema por aqui tende a se agravar já neste mês.


Você sabe, as agências de risco estão avaliando o nosso rating, isto é, a nossa classificação de risco.


Você se sentiria confortável em emprestar dinheiro para alguém com problemas financeiros?


Pois é, os investidores estrangeiros também não.


De certa forma, o mercado já percebeu que a situação brasileira piorou bastante. Nossa Bolsa opera atualmente em níveis mais baixos, já precificando essa piora.


Só que as agências de classificação de risco estão prestes a oficializar a queda no rating.


Pior. Mais do que nos rebaixar, elas poderão ainda dar um viés negativo para as próximas avaliações.





Na prática, é como dizer assim:

“Olha, não confiamos que você seja capaz de pagar as suas contas e não acreditamos que possa reverter a situação tão cedo. Fique avisado desde já: vamos lhe dar uma nota ainda mais baixa na próxima avaliação, OK?”


Pois o governo brasileiro já está ciente do problema. Todos sabem que o nosso rating será rebaixado – provavelmente agora, em julho.


O que os governantes ainda tentam evitar é o malfadado viés negativo, que culminaria na chamada “PERDA DO GRAU DE INVESTIMENTO”.


Se por um lado o mercado brasileiro já precificou a queda no rating, por outro ainda ignora esse viés negativo e a perda do grau de investimento.


A conclusão é inevitável: mesmo não estando em bolha como no resto do mundo, a Bolsa brasileira tem espaço para CAIR MUITO MAIS.


Acha pouco estarmos entre 50 e 55 mil pontos? Que tal algo entre 40 e 45 mil? Isso representaria os 13 mil pontos em dólar, algo sobre o qual falamos desde o lançamento da tese de O Fim do Brasil.


O cenário ruim para a Bolsa brasileira agora está muito perto de se realizar.


Começaria com a queda do rating, passaria pelo viés negativo e culminaria no “alfinete do Federal Reserve”, em 16 de setembro. Faltam poucos dias.


Você talvez esteja se perguntando:


“Mas, se a nossa Bolsa não está sobrevalorizada, por que o alfinete americano, capaz de estourar bolhas por todo o mundo, também traria consequências drásticas para o Brasil?”


Simples.


Com o aumento da taxa de juros nos Estados Unidos, os títulos públicos americanos (considerados “livres de risco”) ganham em atratividade e seduzem investidores de todos os outros mercados, inclusive do nosso.


Os dólares já estão saindo do Brasil e sairão ainda mais neste novo cenário. As consequências são inevitáveis.




O dólar está alto? Subirá mais.


O investimento no País caiu? Cairá mais.


O desemprego está aumentando? Teremos mais desempregados.


E ficará ainda mais difícil controlar a inflação e evitar a recessão.




Poderemos enfrentar tudo isso já nos próximos seis meses.


Não há como evitar, chega um momento em que é preciso fazer o “Acerto de Contas”.


Este acerto começa agora, e seu desfecho poderá culminar numa Grande Guerra.


Portanto, apertem os cintos. Os próximos meses – e talvez anos – serão especiais para seus investimentos, sua construção de patrimônio, sua evolução profissional e para seu convívio familiar.


Você pode se preparar desde já para o seguinte quadro: 



1. Forte desvalorização do real, com o dólar caminhando para R$ 4,00


2. BRexit: redução do rating soberano brasileiro para nível inferior ao grau de investimento e possível saída dos BRICs


3. Aumento dos juros de mercado em títulos brasileiros


4. Forte queda das ações


5. Aumento destacado do desemprego


6. Queda de salários e piora dos indicadores de distribuição de renda.




 Fonte Empiricus






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